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domingo, junho 30, 2013

Falando de Segurança no Trânsito

A cada feriado prolongado, os holofotes da imprensa voltam-se para um conhecido tema jornalistíco brasileiro: a violência no trânsito.
O Brasil, por ser um país iminentemente rodoviário, depende sobremaneira da utilização das vias terrestres para o trânsito de mercadorias e pessoas, opção feita no passado, quando o maior objetivo dos governantes àquela época era transformar o Brasil agrícola em um país industrializado. No início do século XXI, com o expressivo aumento da oferta de crédito às pessoas de camadas sociais menos favorecidas e o consequente acesso facilitado à aquisição de carros e motos, os problemas relacionados ao trânsito aumentaram em escalada exponencial, principalmente em função da falta de infraestrutura das vias, pela má formação dos condutores e pela imprudência, traduzida em todos os tipos de infrações às regras de trânsito.
O trânsito brasileiro, anualmente apresenta uma cifra alarmante de vítimas, entre mortos, feridos e mutilados, são cerca de 150.000 pessoas por ano, algo comparável a uma guerra continental. Milhares de pessoas perdem suas vidas ou sua capacidade de produção em função de acidentes. O Ônus público entre aposentadorias, atendimentos médicos, pensões etc, faz com que os problemas relacionados ao trânsito reflitam também na seara econômica do país.
Os flagrantes estão por toda a parte: condutores que insistem em não utilizar o cinto de segurança, motociclistas trafegando sem capacete, ultrapassagens realizadas em locais proibidos pela sinalização, condutores dirigindo embriagados, entre tantas outras. Fato é que as instituições públicas não acompanharam o crescimento da frota, o resultado desse descompasso é uma fiscalização fraca e desproporcional à quantidade de veículos em circulação, o que encoraja os infratores da Lei.
Porém, dentre as diveras infrações de trânsito, a que mais se destaca no cenário nacional é a Direção sób efeito de álcool, principalmente após a edição da Lei 11.705/08, popularmente chamada de Lei Seca. A promessa dessa Lei era o combate ferrenho à embriaguez associada à condução de veículos e de certa forma, ajudou muito na diminuição dos acidentes, mas mostrou-se inoperante em função de uma lacuna jurídica, considerando que as únicas provas que essa Lei permitia somente poderiam ser obtidas com o consentimento do criminoso.
Analisando os vários noticiários acerca dos acidentes de trânsito, chega-se a uma conclusão terrível: o trânsito brasileiro mata no “atacado”. As várias tragédias anunciadas pelos jornais, revistas e pela imprensa televisa, mostram o resultado da falta de comprometimento de muitos motoristas com a sua vida, com a vida de seus passageiros e a das outras pessoas. Por trás de um acidente sempre existe uma ultrapassagem em faixa contínua, o excesso de velocidade, a embriaguez, o consumo de entorpecentes entre outros fatores que poderiam ser evitados, ou seja, que estão diretamente relacionados às atividades humanas. Os eventos da natureza e as falhas mecânicas representam um pequeno percentual nas estatísticas dos acidentes.
A vida está acelerada, o que importa é andar para frente, progredir sem se preocupar com o que está em volta, assim pensam e se comportam os condutores imprudentes, que trocam o risco de uma ultrapassagem sem visibilidade por 5 segundos de economia. E nesse cenário de mortes e mutilações, a cada novo ano, as estatísticas trazem novos números alarmantes.
Portanto, aos compromissados com a vida, valem aquelas regras básicas: não realizar ultrapassagens forçadas ou em locais proibidos, respeitar os limites de velocidade (colabora com a segurança e com o bolso $$$$), não dirigir falando ao celular, nunca dirigir após ingerir bebida alcóolica (nunca mesmo), cuidar da manutenção do veículo e fazer a revisão de 1º escalão antes de iniciar qualquer viagem (conferir o estado dos pneus, das palhetas do limpador de parabrisa, funcionamento dos sistemas de iluminação e sinalização, engates dos cintos de segurança, cadeirinha para crianças de até 7 anos e meio etc), lembrando também dos acessórios e equipamentos proibidos tais como farol de gás xenon (não originais e não homologados), aparelhos de projeção de imagens no painel dianteiro (DVD), alterações no sistema de suspensão e descarga, utilização de películas excessivamente escuras ou refletivas etc. Documentos em dia e próximos às mãos também são essenciais para uma viagem tranquila.
Formulo votos de que todos vão e venham em paz e segurança, nunca se divorciando do compromisso com o maior bem maior de cada pessoa: a vida.
E aqueles que possuem rádio PX nos seus veículos, caminhões ou automóveis, aproveitem para promover a segurança viária, informando os perigos pontenciais, tais como animais às margens e acostamentos, defeitos na via, acidentes, mau tempo etc. As práticas de avisar a presença das fiscalizações da Polícia ou comentários obscenos e ofensivos deixemos  apenas àqueles que não possuem senso de urbanismo e civilidade.

PX9D9653 - QRA Pantaneiro Sorriso/MT

Um comentário:

Unknown disse...

O grande problema da mode dos faróis xenon são os kits de adaptação, que por preços módicos adaptam uma lâmpada xenon num farol originariamente projetado pra lâmpada comum. O que acontece é que a lâmpada xenon fica em posição e tem formato diferente, prejudicando o fator "corte"do farol. Ou seja, a luz espalha pra onde não deve. Daí, num ângulo que ele ilumine bem, incomoda muito e num ângulo que ele não incomode, tem que ficar apontado muito pra baixo. Existem faróis auxiliares xenon muito bons, largamente utilizados na europa e EUA, marcas como a alemã Hella fabricam. Só que no Brasil é mais fácil proibir tudo do que fiscalizar como se deve.
No caso de película escura não gosto. Gostaria de não usar. Mas uso e uma que é muito mais escura do que a lei permite. Não atrapalha, mas faz com que tenha que dirigi com atenção maior. Uso por segurança. Quem mora em São Paulo ou qualquer outra grande cidade violenta entende a diferença da película.
73s

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Não estamos tratando do painel LCD. Se as informações no LCD sumirem, basta clicar em Func e em seguida DW que é imediatamente reabilitado.

O painel Newligth (de letrinhas) do seu rádio Hannover (ou similares) está cada vez mais fraco, ou simplesmente não acende mais?

Algumas coisas você pode fazer "para evitar", para impedir que isso ocorra, então a primeira dica está na monitoração da fonte de alimentação ou, no caso de Estações móveis, o alternador.

Picos acima de 14v literalmente queimam o circuito que mantém o painel aceso, e para fazer essa leitura, "somente confie" se tiver em mãos um multímetro com congelamento de picos (Leitura Hold). Em ambos os casos se faz necessário essa monitoração. Então já sabe, o que causa a perda do recurso Newligth neste equipamento é falha na alimentação, o excesso de voltagem. Fique de olho, e mantenha em dia a manutenção de seu veículo ou fonte de alimentação.