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sábado, agosto 16, 2014

Conclusões acerca do Dia de Campo de 11 metros

O Dia de Campo de 11 Metros proporcionou experiências importantes, e gostaria de trazer à público algumas conclusões, não que sejam conclusões finais, mas à princípio, dividir com você nossa experiência, ainda mais quando se trata de comunicados entre Estações em zonas de silêncio, pois acredito que as informações contidas nessa postagem contribuirão de alguma forma, tanto para o próximo evento, quanto para situações reais e casos de emergência, visto que o principal ingrediente é a precariedade, ou seja, falta de recursos e, principalmente, falta de energia elétrica. Em suma, o evento pode ser considerado divertido e ter caráter competitivo, mas o objeto de observação é encontrar meios de obter sucesso/contatos entre Estações para uma só finalidade, salvar vidas.
MARCOS SINDRA - KIKIM
De início, gostaria de parabenizar a todos pela participação, inclusive os colegas que participaram em seus lares, e nem enfatizarei a importância de estar no Campo para tal finalidade, pois acredito piamente que os participantes que realmente vestiram a camisa, hoje, caso seja necessário, saberão exatamente como proceder, salvo algum treinamento de emergência e consciência de abstinência de conforto que ainda deverão aprender.
CAPIM GORDURA (LEANDRO) E ALEMÃO (EU)
Vale a reflexão
Pude observar claramente o ótimo desempenho de duas antenas nessa situação específica, e não poderia deixar de falar sobre nossa impressão acerca do nível de sinal dessas Estações, e é sobre isso que vou começar, e em seguida, da menor antena já utilizada, algo que também nos surpreendeu.

Primeira coisa que você deve compreender é que a chave do sucesso para esse tipo de contato é a "localização"
Escolher o ponto mais alto, mesmo que de difícil acesso, de forma que enxergue somente os picos mais altos das montanhas visto de cima para baixo. Em alguns casos, uma longa caminhada com uma bagagem razoável se faz necessário, e para isso basta imaginar que esteja fugindo de uma tsunami; eu acredito que só de pensar nisso você consegue compreender claramente nosso objetivo.

Das antenas
Das antenas normalmente utilizadas em Base com menor ganho, a que mais nos surpreendeu foi a "Voyager VR100", utilizada pelo radio-operador cujo apelido de rádio é o Samambaia, ele também utilizou um rádio Cobra 148 GTL com média de 15 watts, conseguindo facilmente chegar com sinal de S3, a mais de 100 km de distância - Visconde do Rio Branco - Juiz de Fora, ambas em MG. Lembrando que a SM100 é uma antena muito pequena, e que cabe em qualquer porta-malas. 
Veja bem, não estamos fazendo apologia ao uso dessa antena, mesmo porque, temos consciência que em perímetro urbano a "SM100 Voyager" não é tão funcional. O que não posso é me isentar de dizer que essa antena funciona sim em locais altos; empíricamente ela cumpriu esse papel, ponto.

Em segundo plano, digo em segundo por conta da proporção, a antena caseira "Dipolo de Fio" utilizada pelo radio-operador Trovão, também acampado na mesma barraca do Samambaia e utilizando um rádio Voyager VR94 com 30 watts, chegou a S3/S4. 

Comparação que surpreende
Tendo em vista o rendimento do rádio do Trovão e sendo utilizado por ele uma antena de maior ganho, a antena "SM100 Voyager" do Samambaia, mesmo sendo bem inferior a uma dipolo em todos os sentidos técnicos, apresentou resultados totalmente "equivalentes" - levando em consideração a escala "S", deixando claro que um rádio com 15 watts e uma antena "chumbrega", em caso de necessidade não te deixará na mão. Leve essas informações em consideração.

Antena Móvel
O que mais impressionou foi a Estação do Ricardo, de Barbacena, que do alto da serra, utilizando um rádio Alan 8001 XT com 12 Watts e uma das menores antenas móveis Steelbras, rompeu a barreira dos 100 quilômetros, sendo escutado a nível de ruído em nossa Estação, algo que realmente nos surpreendeu. Jamais poderia acreditar ter escutado o amigo Ricardo com uma antena tão pequena; mais uma vez a Steelbras se impondo no cenário nacional por conta da qualidade de seus produtos.
Vídeo abaixo gravado do celular do Ricardo, de Barbacena. Embora a qualidade esteja baixa e o áudio muito ruim, da para ter ideia a diferença de sinal.

Das antenas 5/8 de onda
O radio-operador Marcos Sindra, conhecido como Kikim, conseguiu ótimos contatos conosco e com outras Estações utilizando a Super Ringo, marca Twister, e um rádio Mega Star MG990 com mais de 30 watts, chegando a S4/S5 em nossa Estação.
ANTENA TWISTER SUPER RINGO 5/8
De todas as antenas utilizadas, DIGO TODAS, nas trocas de informações sobre sinais, a antena Steelbras 5/8  utilizada em nossa Estação obteve diferenças "acima" dos 4 Db na escala S, ou seja, Estações que nos chegavam a S3, nós alcançamos as marcas de S9/S10, deixando claro, e sem nenhuma tendência, a superioridade do produto Steelbras. Utilizamos um rádio Hannover BR9000 preparado para essa situação com "Hannover Power" 60w.
UTILIZAMOS EXATAMENTE ESSA ANTENA - STEELBRAS 5/8
Nos contatos que obtivemos com Estações do Estado do Rio de Janeiro, a média alcançada em sinal - escala S - foi quase a mesma, tendo a antena Steelbras 5/8 se mantendo acima dos 3 Dbs sobre outras Estações, concluindo com sucesso contatos com Estações no centro do Rio de Janeiro RJ.
Confira o vídeo abaixo:

Espero ter contribuído de alguma forma.
73s

4 comentários:

Unknown disse...

Caramba alemão, do ponto de vista cintifico esse evento foi muito importante. Principalemtne pela geografia da região, nossa, poder ter uma ideia de como funcionam os diferentes tipos de antena, é muito esclarecedor putz parabens a todos os organizadores do evento e que venham os próximos. Abraços de Natal RN PX7E3377

André Luiz disse...

É verdade Fernando, o evento é uma ótima oportunidade de realizar alguns experimentos com rádios, antenas e localizações. Alguns colegas não conseguiram bons resultados ano passado e esse ano repetiram a localidade, ou seja, pouco aproveitamento do evento em si para uma atividade experimental.

Vou aproveitar esse período (até o próximo Dia de Campo) para confeccionar algumas antenas e testá-las, fazendo um comparativo das antenas caseiras, dos experimentos, com a antena Steelbras, pois nenhuma antena utilizada chegou aos pés da Steel. O problema é que, como o Dia da Campo é uma simulação de situações de emergência, seria uma total imbecilidade insistir em utilizar uma antena industrial, visto que em casos de calamidade não seria possível carregar uma antena desse porte, + bateria, + rádio, + cabo, etc...

Aproveitei essa semana para restaurar dois rádios para o próximo evento, ambos com menos de 20 watts (Cobra 148 GTL China e Cobra 148 GTL/EX), e vou utilizar como fonte de energia o Kit de Emergência 4 em 1, com bateria interna de 7A, ou seja, vou ter que administrar muito bem o consumo do rádio e principalmente o ganho da antena, sem contar o limite do tempo de utilização.

Como é o rádio na sua região?
De repente poderíamos fazer algo a nível nacional, o que acha?

Unknown disse...

Ai estar...muito bam!!

Unknown disse...

Muito interessante esse Dia de Campo em 11 metros. Que pena que o serviço de Rádio do Cidadão está tão em baixa ultimamente. Realmente, no início da década de 1980 a faixa era bastante povoada. Penso que uma das coisas que atrapalham a difusão do hobby é o linguajar chulo que tem sido apreendido e replicado por muitos colegas (com licença ou não), até mesmo por simplicidade. Mas o fato é que esse tipo de iniciativa deve ser reconhecido pela comunidade do hobby (experiências, dias de campo, etc.), e o pessoal que "bota pra quebrar" merece todos os nossos aplausos pelos esforços. Não é fácil, não!

Você chama e não chega?

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O painel Newligth (de letrinhas) do seu rádio Hannover (ou similares) está cada vez mais fraco, ou simplesmente não acende mais?

Algumas coisas você pode fazer "para evitar", para impedir que isso ocorra, então a primeira dica está na monitoração da fonte de alimentação ou, no caso de Estações móveis, o alternador.

Picos acima de 14v literalmente queimam o circuito que mantém o painel aceso, e para fazer essa leitura, "somente confie" se tiver em mãos um multímetro com congelamento de picos (Leitura Hold). Em ambos os casos se faz necessário essa monitoração. Então já sabe, o que causa a perda do recurso Newligth neste equipamento é falha na alimentação, o excesso de voltagem. Fique de olho, e mantenha em dia a manutenção de seu veículo ou fonte de alimentação.