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segunda-feira, outubro 01, 2012

Falando francamente

Falar de rádio Px de qualidade hoje em dia é tarefa difícil. Temos muitos modelos que variam desde os Magnum S9 - RF LIMITED -, até os Cobra 29 que acendem o painel.
Claro, não estamos tratando de rádios homologados e nem falando mal de marcas distintas, estamos falando de características diferenciadas, rádios bons e funcionais, ou as vezes não tão funcionais, depende do ponto de vista. A homologação a gente se preocupa e fala depois, em outro post.

Nem tudo se resume simplesmente a potência. Se você comparar um rádio novo com um antigo, vai ver que são bem parecidos em estrutura, mas completamente diferentes em qualidade final.
Os novos modelos de rádios com placas novas (diferentes das costumeiras placas tipo Allan 8001) possuem peculiaridades distintas, a maioria foge frequência e apresentam poblemas no VCO difíceis de resolver, além de consumir amperagem demais com potência desproporcional.
Os rádios antigos consomem menos, não fogem frequência, não apresentam defeitos no VCO, mas o lado negativo é que tansmitem com menos pressão, possuem bem menos canais e dificilmente você encontra peças para reposição. É uma novela.
Então temos uma "balança consciencial" que pesa o que pode ser melhor; um rádio antigo que "por sorte pode ser bom e durável", mas que se der defeito tem grande probabilidade de ficar encostado por falta de componentes ou um novo, correndo risco de dar problema por conta da péssima fabricação.
Eu compreendo a rejeição que o rádio-operador tem para com o produto "novo". Nós sabemos por A+B, por experiência, o que funciona, e isso é insubstituível.
Tem rádio caro no mercado apresentando problema, e se for VCO companheiro, é um problemão!
VCO é o que estabiliza e determina seu rádio na frequência TX/RX.
Tem que trocar tudo nesta etapa do equipamento, e a fábrica, lá na China, não disponibiliza peça, e seu rádio caro acaba virando sucata. Isso vale para qualquer um, seja Hannover, Cobra, Voyager, Megastar, Magnum, Summerkump...

Pode correr multímetro no equipamento que você não vai achar o problema, e quando achar, vai ver que é uma pulga de olho azul com miopia e vesga.
Temos que ter consciência que os rádios novos são bons para DX, são potentes, possuem muitos canais, mas tem grande probabilidade de futuramente dar dor de cabeça caso haja mal uso.
Se você quer um rádio bom de verdade, tem que contar com o quesito "sorte", e investir muito em outros quesitos como cabos de qualidade, conectores de qualidade, antenas de qualidade. A estacionária tem que estar 1.1 mesmo, senão explode os transistores de saída. Eles suportam determinada dose de calor, mas estacionária alta e bias desajustado NÃO. Isso queima o rádio muito rápido.
Tem um acoplador de antenas baratinho no mercado, acho que custa na faixa dos 30 reais. Este acoplador deveria ser peça fundamental na estação de quem possui rádios com mais de 40 canais, pois protege seu rádio contra ROE alta, impedindo a queima do transceptor.
Você encontra este acoplador na Gallo Shop, é barato, funcional, e eu indico (e uso).
Se a propagação estiver completamente escancarada você pode aproveitar para tirar o seu velho Cobra 148 GTL do armário, mas se estiver fraca, só um rádio novo com Mosfets na saída é capaz de resolver seu problema. Aí entra a questão de potência, o que expliquei acima.
Nos anos 80 não existia tanto recurso e nem rádios com potências altas, existia botina, e o pessoal usava e abusava dos acopladores. Mas usar botina em casa era inviável por conta de TVi, então o pessoal investia em antenas de qualidade, direcionais de 3, 4 ,5 elementos, e com 5 ou 6 watts cobriam todo o planeta, bastava dominar alguns idiomas.

Dos rádios novos todos sabem que puxo sardinha para o 158, ele sempre esteve na frente em diversos pontos, e não é simpatia gratuita. Este rádio é um projeto original Cobra, e sabemos que a Cobra tem excelência em transceptores da Faixa do Cidadão. É muito estável se comparado a um VR9000MK2, que corre de frequência enquanto você modula (Toda linha VR - 94,95 e 9000); ele só perde para o Hannover em estabilidade. Aliás, todos estes rádios, sendo novos ou antigos perdem para o Hannover em estabilidade.
Na minha opinião, este é "único" ponto positivo para o Hannover, pois se você colocar na ponta do lápis, estará pagando muito caro em um equipamento de baixa potência - Hannover e similares - sendo que este produto tem a mesma potência de um Cobra 148 em SSB, e sabemos que o prinipal é  SSB, então, 40 ou 50 watts são sempre bem vindos, ou que fiquemos no antigo Cobra 148 GTL, ao menos estamos pagando barato em algo que oferece pouco.
Caso esteja pensando em comprar um rádio novo, lembre-se que "original não presta". É necessário um upgrade para melhorar a qualidade do transceptor.
Aliás, longe de mim querer vender meu peixe, basta adquirir um rádio novo e usá-lo; no final, vai me dar razão.
73s

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Não estamos tratando do painel LCD. Se as informações no LCD sumirem, basta clicar em Func e em seguida DW que é imediatamente reabilitado.

O painel Newligth (de letrinhas) do seu rádio Hannover (ou similares) está cada vez mais fraco, ou simplesmente não acende mais?

Algumas coisas você pode fazer "para evitar", para impedir que isso ocorra, então a primeira dica está na monitoração da fonte de alimentação ou, no caso de Estações móveis, o alternador.

Picos acima de 14v literalmente queimam o circuito que mantém o painel aceso, e para fazer essa leitura, "somente confie" se tiver em mãos um multímetro com congelamento de picos (Leitura Hold). Em ambos os casos se faz necessário essa monitoração. Então já sabe, o que causa a perda do recurso Newligth neste equipamento é falha na alimentação, o excesso de voltagem. Fique de olho, e mantenha em dia a manutenção de seu veículo ou fonte de alimentação.