Fazendo uma breve analogia dessa situação, se por acaso você estivesse em sua casa, conversando com alguém que estava utilizando um rádio Cobra 148 GTL chegando S3, e essa pessoa substituísse o Cobra 148 GTL pelo Cobra 148 GTL DX, ela continuaria chegando S3, a potência dos dois rádios é a mesma, mas com o 148 DX ela chegaria com áudio +30. Ou seja, um pré-amplificador na entrada de áudio não só resolveria o déficit de áudio, como também aumentaria a possibilidade do radio-operador de ser escutado, de fechar contatos difíceis à longa distância, e como as boas práticas são propagadas - copiadas, essa técnica viralizou. Isto é, após a descoberta dessa melhoria, era quase que uma "regra geral" que todos os transceptores que fossem alterados (por técnicos), nessa época, seja na alteração em quantidade de canais ou mesmo em potência, que fosse também adicionado ao circuito um pré-amplificador a mais de áudio. A bem da verdade, essa prática é muito comum até hoje por alguns técnicos.
Claro, a utilização do pré-amplificador tem prós e contras (na minha opinião, mais prós do que contras).
- Vamos começar pelos contras:
- Falando dos prós:
É importante salientar que essa alteração funciona melhor em rádios antigos e originais, cuja potência não foi alterada. Já nos transceptores atuais, mosfets, não há a mesma necessidade da instalação do pré, pois, por incrível que pareça, a saída de potência dos transceptores da Faixa do Cidadão que possuem saídas mosfets, possibilitam que a transmissão ocorra mais livremente. Os transistores suportam mais calor, o áudio é mais claro, enquanto nos rádios mais antigos, com transistores bipolares, o áudio transmitido é um pouco abafado, e esse problema foi sanado com os novos transistores IRF520.
Particularmente acredito que a solução tenha ocorrido de forma acidental, e que esteja na configuração do PA, que no caso dos mosfets, trabalha com um sinal de acionamento bem menor. Nos mosfets há, inclusive, um risco de realimentação no PA, pois qualquer sinal mínimo é capaz de realimentar a saída e gerar uma portadora, enquanto nos equipamentos cujo PA é composto por transistores bipolares, o acionamento destes se dá por conta de uma tensão mais elevada, e a corrente e em consequência o calor excessivo podem gerar uma compressão na transmissão desse áudio, além disso, podem ocasionar um desgaste prematuro nos capacitores eletrolíticos, o que explica a qualidade de áudio comprometida; lembrando que o espectro em frequência do sinal AM possui uma frequência central (Fp) e duas bandas laterais. A banda lateral esquerda (LSB) e a banda lateral direita (RSB) que devem estar em equilíbrio.
Continuando...
Nos equipamentos novos - mosfets - você pode optar sim por adicionar um circuito de pré-amplificação, mas vai notar que o controle de ganho de microfone ficará +- em 11 horas, ou seja, você não vai conseguir administrar um ganho substancial de áudio, uma vez que o rádio, nessa nova construção, já é bem resolvido, e vai concluir que o que vai adicionar à transmissão é, na verdade, ruído branco, e definitivamente não é isso que você quer.
Detalhe...
Se o seu rádio tem controle de potência, e esse controle atua em SSB, aí a coisa muda de figura, porque um pré-amplificador sendo utilizado em AM com a potência do transceptor em 30% representa a analogia do Cobra DX comentado acima, mas se você abrir a potência, vai suprimir a portadora e o áudio vai cair a qualidade, sendo necessária a instalação de um TopGun Modulator, que vai funcionar como um impulsionador do sinal de modulação, para que a portadora gerada pelo áudio não seja suprimida.
- Até o parágrafo acima, estávamos falando de quantidade de áudio, e daqui para frente, vamos falar em modulação. Há aqui, uma dicotomia.
Falando em linguagem do senso comum e fazendo o máximo para ser compreendido, nos parágrafos anteriores falamos em quantidade de áudio seguido de qualidade, agora, falando de modulação, você vai entender que a modulação é "a forma em que essa quantidade e qualidade de áudio é transmitida".
A voz, ao se chocar com um microfone, a compressão e descompressão das moléculas faz com que o diafragma do microfone oscile, e essa oscilação é transmitida ao transdutor do microfone que, por sua vez, gera a diferença de potencial e causa uma corrente alternada. O resultado final é o sinal de áudio. Então você compreendeu que áudio é corrente alternada... até aqui tenho certeza que você entendeu.
Sigamos...
Quando você aciona a portadora, o transceptor emite (transmite) o sinal que você está gerando (leve em consideração as alterações que você fez no áudio do rádio), então o equipamento vai transmitir essa portadora junto com seu áudio, mas com um detalhe, essa transmissão acontecerá "dentro de um limite cuja determinação desse limite se dará pelo tipo de modulação que seu rádio está configurado para ter".
- Como assim?
O áudio sendo transportado em zona de saturação altera a qualidade do que é transportado, fica rasposo, perde a clareza.
- TopGun Modulator
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