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segunda-feira, janeiro 21, 2013

O saudosismo e o radicalismo no rádio.


O saudosismo aqui mencionado não se refere à teorização portuguesa de Teixeira de Pascoaes, mas, como nossa cultura têm como origem a inclinação portuguesa (de Portugal), esta, consubstância uma atitude humana perante o mundo que tem como tendência a saudade, e neste caso, saudade de uma fase incrível de propagação à qual inúmeros radio-operadores de ontem, hoje dificilmente irão saborear.
Há um ditado que diz: “A única coisa constante na vida é a mudança.”
À medida que avançamos, pessoas que conhecemos, coisas que vemos e emoções que sentimos nunca permanecem as mesmas. Impreterivelmente, situações de propagação que vivemos hoje  não serão o mesmo amanhã por causa do simples fato de que elas já são passado. Nosso planeta está constantemente em movimento.

Aquilo que sentimos exatamente de uma determinada forma hoje, muito provavelmente não poderá ser sentida da mesma forma novamente. Neste mundo confuso, nada é permanente, a não ser a própria mudança.
O tempo passou, situações novas surgiram e o velho, que têm certa negação com o novo, se fixa ao passado, como se o que passou tivesse o poder de servir como base para o que virá. Ledo engano.
O radicalismo aqui não se refere à discussão anti-liberalista do século XVIII, mas resolvi utilizar esta palavra e aplicá-la neste contexto, pois não encontrei outra alternativa.
O radical, o extremista, está frequentemente associado ao  fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes. O extremismo, unido ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e à negociação, como se a ideia fixa do que "foi" tivesse prerrogativas para definir o que virá.
O fato é: as coisas mudaram, a propagação não é a mesma, você não vai ter sucesso usando o pouco que usava antes e, o  sucesso de sua estação é diretamente proporcional ao seu investimento.
Entende minha língua?


Um comentário:

Luiz C. Pinheiro disse...

So posso concordar com o comentário do Andre.

A 25 anos, eu tinha uma antena chamada "antena-do-pão-duro" que era uma direcional de 2 elementos feita com varas de bambu e tubos de PVC, tinha um rádio COBRA 148 GTL normal, um cabo coaxial RG-213 e uma fonte de 10 Amperes.

Acoplador de antenas, nem pensar. Tudo era feito com carinho mas com poucos recursos em equipamentos. Antes do Cobra 148 GTL eu tinha um transceptor valvular feito por mim mesmo com potencia de 5W de saída onde para ajustar a potência eu conectava uma lampada de geladeira na saída de RF do transmissor para fazer o ajuste do estagio final (quanto maior o brilho na lâmpada maior era a potencia obtida).

Antena feitas com fio de cobre enrolado sobre vara de bambú. Tudo funcionava aos contentos e ficávamos felizes com o resultado: QSO's, muitos QSO's. Bendita propagação!!

Hoje, so isso não dá. Temos que extrair o máximo da tralha toda. Extrair o máximo quer dizer TECNOLOGIA moderna e muitos QSJ's.
Só para descrever, minha estação tem:

- RADIO VOYAGER VR-158 EGTL-DX
- FONTE DE ALIMENTAÇÃO 13.8 VOLTS, 40 AMPÉRES
- ACOPLADOR DE ANTENA MFJ-848
- ANTENA DIRECIONAL 5 ELEMENTOS DE ALUMÍNIO
- ANTENA PLANO TERRA 1/4 DE ONDA DE ALUMÍNIO
- CABO COAXIAL RG-213 MALHA DE COBRE
- SECRETÁRIA
- outros...

No meu entender, isso é o básico hoje em dia para que possamos vencer as distâncias e as péssimas condições de propagação por qual estamos passando.

Mesmo com todo esse aparato, certas condições são ainda necessárias para um bom QSO-DX:

- paciencia
- técnica de operação
- conhecimento técnico
- linguagem adequada
- liderança nas rodadas (se não fica esquecido)
- etc... etc... etc...

Alem disso, possuir a licença para funcionamento da estação e conhecer a legislação dos 27MHZ é muito importante. Isso é a parte legal da coisa toda. Durma tranquilo.

Finalmente, invista em sua estação para que o prazer de modular supere as dificuldades técnicas e para que voce não fique parado no tempo.

Boa Sorte!!

Você chama e não chega?

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APAGOU O PAINEL DO HANNOVER? Leia ↓

Não estamos tratando do painel LCD. Se as informações no LCD sumirem, basta clicar em Func e em seguida DW que é imediatamente reabilitado.

O painel Newligth (de letrinhas) do seu rádio Hannover (ou similares) está cada vez mais fraco, ou simplesmente não acende mais?

Algumas coisas você pode fazer "para evitar", para impedir que isso ocorra, então a primeira dica está na monitoração da fonte de alimentação ou, no caso de Estações móveis, o alternador.

Picos acima de 14v literalmente queimam o circuito que mantém o painel aceso, e para fazer essa leitura, "somente confie" se tiver em mãos um multímetro com congelamento de picos (Leitura Hold). Em ambos os casos se faz necessário essa monitoração. Então já sabe, o que causa a perda do recurso Newligth neste equipamento é falha na alimentação, o excesso de voltagem. Fique de olho, e mantenha em dia a manutenção de seu veículo ou fonte de alimentação.